Quando o assunto é vagina, muitos mitos surgem. Você provavelmente já ouviu dizer, por exemplo, que o hímen só se “rompe” após a primeira relação sexual, ou que a ejaculação feminina não existe.
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No entanto, muitas informações comumente presumidas como “fatos” acerca do órgão são baseadas em crenças populares e não, necessariamente, verdadeiras. Com informações do “Live Science”, confira seis fatos sobre a vagina comprovados pela ciência que talvez você ainda não saiba.
A vagina é só uma parte das partes íntimas femininas
Apesar de ser, quase sempre, descrita como a região genital feminina em sua totalidade, a vagina é apenas uma estrutura interna, juntamente com outras partes do sistema reprodutor feminino: colo do útero, útero, ovários e trompas de Falópio.
A região externa das partes íntimas de uma mulher é chamada de vulva. Ela é composta pelos lábios internos e externos, o clitóris, o prepúcio do clitóris, e as aberturas da uretra e da vagina.
Exercícios de Kegel podem fortalecer o assoalho pélvico
Além de ajudar mulheres que têm dificuldades para chegar ao orgasmo, os exercícios de Kegel podem fortalecer o assoalho pélvico, sendo indicados para aquelas com problemas para segurar urina, fezes ou gases.
A ginecologista Courtney Leigh Barnes explica que os exercícios podem ser feitos em qualquer lugar: “Para fazer um exercício de Kegel, aja como se você fosse parar de urinar, e segure por alguns segundos. Você também pode inserir seus dedos na vagina e contrair os músculos”, ensina.
Probióticos podem ajudar a manter a flora vaginal balanceada
Os probióticos — também conhecidos como “bactérias boas” —, tornaram-se um ótimo tratamento contra bactérias prejudiciais ao organismo. E a utilização destes suplementos vem sendo estudada como uma forma de combater infecções como a candidíase. Entretanto, Courtney atenta para o fato de que mais pesquisas são necessárias para comprovar a eficácia do tratamento.
Alguns corrimentos são preocupantes
A vagina (não a vulva) é considerada um órgão autolimpante, e o corrimento é um sinal de que ela está cumprindo seu papel. No entanto, é preciso se atentar para o que está saindo da vagina.
“Qualquer corrimento que pareça excessivo, doloroso, irritável e com odores desagradáveis deve ser avaliado por um médico”, pontua Courtney. Nesses casos, ela descarta o autodiagnóstico e a automedicação como opções seguras.
Fazer sexo pode manter a vagina saudável
O estrogênio ajuda a manter a vagina saudável e lubrificada. No entanto, através das várias fases da vida das mulheres — como parto, amamentação e menopausa — o corpo sofre alterações hormonais que podem levar à secura vaginal. “Uma vez que os níveis de estrogênio caem, a vagina pode ficar seca até ser uma fonte de dor”, explica a médica, que defende: “Sexo vaginal seguro pode ajudar a manter a vagina saudável e dilatada.”
Para ajudar a tornar a relação sexual mais confortável, ela sugere o uso de lubrificantes. E para as mulheres que experimentam extrema secura e desconforto, o uso de terapias hormonais na forma de pílulas, adesivos, anéis vaginais ou cremes pode ser uma opção.
A especialista alerta, no entanto, que existem riscos para certos tipos de terapia hormonal. “Por isso é importante que as mulheres discutam com seus médicos antes de tomar a decisão de usá-los.”
Existem bactérias boas e ruins
É normal ter bactérias na vagina. Existem, inclusive, bactérias conhecidas como lactobacilos, que mantêm a acidez da vagina na faixa normal. Mas, às vezes, o equilíbrio entre bactérias boas e ruins pode ser interrompido. Quando isso acontece, corrimento mal cheiroso, coceira e queimação são alguns dos sintomas.
“Eu sempre digo aos meus pacientes para evitar lavagens internas no canal vaginal”, revela a médica. “Lavar a vagina com qualquer coisa que possa matar os lactobacilos pode resultar em um crescimento excessivo de outros tipos de bactérias problemáticas”. Ela também recomenda o uso de sabonetes para limpar apenas as áreas da pele cobertas de pelos. “A água é suficiente para limpar as regiões sem pelos”, finaliza.