Nos anos 1970, cientistas da Universidade de Stanford conduziram um experimento chamado de “O Teste do Marshmallow”. Um grupo de 500 crianças de 4 a 6 anos de idade foi levado a uma sala e presenteado com um doce de sua escolha. As opções eram marshmallow, pretzel ou bala de menta. Os pesquisadores disseram a elas que poderiam comer os doces, mas se esperassem 15 minutos, seriam presenteados com mais um.
Algumas crianças esperaram, enquanto outras mandaram a sobremesa para dentro antes mesmo de os cientistas retornarem. Mas o que isso significa?
Após diversos estudos com as mesmas crianças por anos, os pesquisadores notaram que os comedores impulsivos tinham notas mais baixas na escola, um IMC maior e menos atividade no córtex pré-frontal (a área do cérebro associada à impulsão e ao controle comportamental) do que aqueles que esperaram.
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Em outras palavras, a impulsão é uma característica que pode durar até a vida adulta, e tem algumas ramificações negativas. Enquanto isso, as crianças que esperaram cresceram como aquele tipo de adulto que não consegue terminar uma sobremesa inteira, ou declara que certos alimentos são “muito fortes” ou “muito doces” para o seu paladar. (Invejamos? Sim.)
A personal trainer norte-americana Jen Sinkler, que se considera impulsiva, afirmou que pessoas assim tendem a ser mais capazes de viver o momento. Espontaneidade e diversão vêm facilmente. “Nós podemos pagar pelo risco que tomamos, mas nos adaptamos melhor a novos ambientes porque somos mais participativos”, disse ela.
Entretanto, um dos problemas reais de viver o presente é que pode ser mais difícil manter uma rotina de exercícios. Mas gostando ou não, quando o assunto é ganhar condicionamento, o progresso só vem com a disciplina, a consistência, e a repetição. Além disso, as recompensas de fazer esse “sacrifício” podem não aparecer instantaneamente.
“A demora pode fazer tudo ainda mais difícil. Assim, com o passar dos anos, aprendi estratégias de sucesso”, afirmou Sinkler. A seguir, ela listou algumas dicas para você conseguir adicionar os treinos à sua rotina sem sofrer tanto.
3 dicas para criar o hábito de malhar
1. Combine com amigos ou entre em um grupo de pessoas que fazem a mesma atividade
Fazer isso ainda dá o benefício de construir uma comunidade fitness. “Mesmo que eu tenha me tornado uma amante dos exercícios, tudo ainda seria mais difícil sem meus parceiros de treino. Eu não apareceria em todas as aulas, por exemplo”, diz Sinkler. “Mas eu vou porque a) Eu quero me encontrar com a galera, e b) Eu não quero deixá-los para baixo porque eu não apareci.”
2. Estabeleça o exercício como compromisso em seu calendário
E crie, pelo menos, dois lembretes de prioridade para cada sessão.“Eu trabalhei na indústria fitness por mais de uma década e, como eu disse, amo malhar, então as pessoas sempre se surpreendem em ouvir que eu ainda faço isso”, diz Sinkler. É bem simples: estabelecer um compromisso previne você de se ocupar com outra coisa naquela hora e inventar desculpas para pular o treino.
3. Encontre algo que você realmente queira fazer
“Levantar peso e fazer treinos de tiro de corrida são meus preferidos, mas há muitas opções disponíveis, de circuitos funcionais a ioga, de dança a pilates, e assim vai”, conta a personal trainer. O ideal é experimentar até encontrar uma atividade (ou várias) que anime você a querer fazer aquilo mais vezes e evoluir cada vez mais.