Você não leu errado o título dessa matéria! Um estudo publicado no Social Science and Medicine e realizado por um time de pesquisadores da Duke-NUS Medical School e do Singapore General Hospital, ambos da Singapura, concluiu que a melhor maneira de engajar os alunos no treino é por meio de um programa de recompensas – em dinheiro. Isso explica a proposta “perca peso e ganhe dinheiro”. E a estratégia teria ainda baixo custo para as academias.
Ao longo de 12 meses, adultos com sobrepeso foram convidados a participar por 16 semanas de um programa intenso para perda de peso em uma academia local pagando U$ 180 dólares (234 dólares de Singapura e cerca de R$ 560) para ter acesso às aulas, com objetivo de perder, ao menos, 5% do total de massa corpórea. Parte desses voluntários pagou U$ 120 a mais para participar de um programa de recompensas, com 10% de chances de ganhar 10 vezes o valor total gasto. Além disso, os voluntários que atingissem 8% da meta poderiam ser recompensados com pagamentos extras.
Ao final do quarto mês, a perda de peso do grupo que ganhava recompensas financeiras foi duas vezes superior ao outro grupo de voluntários sem estímulos adicionais (uma média de 3,4 kg do primeiro grupo contra 1,4 do segundo). No oitavo mês, os pagantes do plano de recompensas perderam 2,3 kg frente a 0,8 kg dos demais participantes.
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“Mesmo que a perda seja pequena, quando mantida, traz benefícios a longo prazo e previne doenças crônicas. Esse estudo mostra que é viável impulsionar esse comprometimento por meio de incentivos externos, quando estruturado com base em evidências médicas, como recompensas”, diz Tham Kwang Wei, médico responsável do Singapore General Hospital.
Ao fim do estudo, os voluntários que aderiram ao programa receberam cerca de U$160 (com desconto da taxa de adesão). Assim, 42% dos participantes ganharam mais do que gastaram e 80% afirmaram satisfação com o programa. Imagine quão lotada as academias não estariam se esse mesmo programa acontecesse por aqui?