Só quem já sofreu com uma enxaqueca sabe quão intensa é essa dor. Estima-se, inclusive, que 15% da população tenha esse tipo de dor de cabeça. Agora, um estudo apontou que mulheres têm três vezes mais chances de sofrer com o problema do que os homens.
Segundo os pesquisadores do Centro de Nutrição Clínica, da Universidade de Newcasttle (Reino Unido), as suspeitas são de que isso aconteça por causa dos hormônios femininos e seus efeitos sobre o cérebro.
Os estudos sugerem que as mulheres que sofrem de “enxaqueca menstrual” podem ter pior função dos vasos sanguíneos no cérebro em comparação àquelas que não têm o problema. De acordo com os especialistas, uma em cada 10 voluntárias estudadas teve enxaquecas menstruais que provavelmente eram devido a mudanças nos níveis hormonais, particularmente o estrogênio.
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Os estudos também mostraram que enxaquecas tendem a piorar na transição para menopausa, quando os níveis de estrogênio abaixam.
A pesquisa ainda está em andamento. Agora, eles devem avaliar a relação entre a enxaqueca durante o ciclo menstrual e os níveis de fluxo sanguíneo no cérebro para possibilitar novas formas de tratamento da doença.
Além disso, foi concluído que a incidência é maior em mulheres adultas, vítimas de trauma na cabeça ou região cervical, em pessoas que abusam de analgésicos e cafeína.
“A causa da enxaqueca não é completamente conhecida. Contudo, acredita-se que as crises ocorram em razão da dilatação dos vasos sanguíneos cerebrais”, explica André Mansano, especialista em medicina da dor (SP).
Características apresentadas por pacientes com enxaqueca
– Dor, predominantemente, de um lado da cabeça, embora possa ocorrer dos dois lados
– Dor “pulsátil”
– A dor piora com as atividades cotidianas
– Fotofobia (piora com luminosidade)
– Fonofobia (piora com barulhos)
– Náuseas e/ou vômitos
“Os pacientes podem apresentar ainda o fenômeno de aura, que usualmente antecede o quadro de dor de cabeça. Durante esse fenômeno os pacientes relatam alterações visuais, como o surgimento de pontos brilhantes ou escuros na visão”, aponta Mansano.