Cada vez mais aumenta os relatos de violência obstétrica. A prática, segundo a Câmara Municipal de São Paulo, caracteriza-se por abusos sofridos por mulheres quando procuram serviços de saúde na hora do parto. Os maus-tratos podem ocorrer como violência física ou psicológica, gerando vários traumas às mulheres — e até aos bebês, como foi o caso de Sabrina Carvalho.
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Ao G1, de onde são as informações, Sabrina relatou a situação que enfrentou em 2019, durante o nascimento de seu primeiro filho. O que deveria ser um momento especial, se tornou um “pesadelo” para ela após a troca de plantão da equipe médica que a atendia.
“O médico já entrou fazendo muito barulho, me dando puxos enquanto eu estava de quatro apoios na maca. Ele insistia para me dar analgesia e eu disse que aguentava. Aí ele riu de mim com o anestesista. Me cortou, usou fórceps e ainda me tocou umas cinco vezes em uma hora”, relatou a mulher que, ainda, foi obrigada, contra sua vontade, a ficar deitada durante todo o parto.
Vale ressaltar que excesso de toque também não condiz com as “normas”. Conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), o médico pode fazer um toque vaginal na mulher em trabalho de parto a cada quatro horas.
Além de o trauma físico e psicológico em Sabrina, a prática do fórceps resultou em cefalohematoma em seu bebê, uma “lesão causada por uma hemorragia no crânio”, segundo o portal.
“Foi uma experiência horrorosa, de violência e desrespeito. Fiquei pedindo perdão para o meu filho e o médico ainda disse que eu estava sendo ridícula”, relembrou.
A ação aconteceu mesmo com Sabrina acompanhada de seu marido, sua doula — profissional que dá assistência à mulher durante e após o parto — e uma fotógrafa.
Embora ainda não exista uma lei federal para violência obstétrica, é importante denunciar, como fez Sabrina, que é de Minas Gerais, onde “tem uma lei, desde 2018, que assegura o direito das mulheres de receber atendimento humanizado”, conforme o G1.
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“Eu fiz a denúncia porque tinha noção da violência que estava sofrendo. Muitas mulheres sequer sabem que estão passando por maus-tratos durante o parto. Eu expus o que aconteceu comigo para ajudar e alertar outras mães”, declarou a mulher.