Desidrose: entenda a condição que causa bolhas doloridas no corpo

Condições adversas de saúde podem ser manifestas de diferentes maneiras pelo organismo e, por isso, se atentar aos sinais do corpo é imprescindível. As bolhas d’água na pele, por exemplo, são um dos sinais de alerta que não devem ser ignorados. Embora comum em casos de queimaduras ou machucados, por exemplo, o sintoma pode indicar uma condição específica, e, muitas vezes, desconhecida: a desidrose.

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Conforme a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a desidrose é uma erupção sudoral súbita localizada nas mãos, mais frequentemente, e nos pés. A condição caracteriza-se por numerosas vesículas (pequenas bolhas líquidas na pele), que lembram grãos de sagu, normalmente doloridas (quando infectadas por bactérias), especialmente nas superfícies laterais e dorsais dos dedos. 

O problema tem predominância etária entre 20 e 40 anos, em ambos os sexos, e costuma incidir em dias quentes, visto que se associa à hiperidrose (suor excessivo). Ainda, segundo a dermatologista Clessya Rocha, a causa pode estar relacionada a condições como dermatite de contato, infecções fúngicas e farmacodermia. Contudo, a SBD acrescenta que fatores emocionais podem agravar a desidrose ou até mesmo desencadeá-la.

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Tratamento para desidrose

Embora os sintomas da condição sejam bem característicos, é indispensável o diagnóstico clínico por um especialista. “Procure um médico dermatologista que vai examinar as lesões e vai pedir um teste alérgico para esclarecer se é uma dermatite de contato alérgica ou, sendo uma manifestação cutânea por uma infecção fúngica, será iniciado o tratamento adequado” orienta Clessya.

A SBD destaca que os sintomas tendem a involui em uma a três semanas, mas a condição pode se tornar crônica. Portanto, seguir a orientação médica é essencial.

Na fase aguda, o tratamento comum consiste em compressas ou banhos de permanganato de potássio ou água boricada a 2%, de duas a três vezes ao dia, até a melhora das lesões. Ainda conforme a SBD, outros métodos de tratamento incluem: creme de corticoide de alta potência ou pasta d’água associados às compressas, ou após a melhora da condição.

Em quadros graves, pode ser necessário o uso de corticoide por via oral. Já “em casos que não respondem à terapia convencional pode-se utilizar imunossupressores e/ou PUVA terapia tópica. Na fase crônica são utilizados cremes e pomadas de corticoide, tacrolimo, pimecrolimo e coaltar. A radioterapia superficial com raios Grenz (raios X suaves) deve ser considerada nessa fase”, finaliza a Sociedade Brasileira de Dermatologia.

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