Em meio à pandemia causada pelo novo coronavírus, muitas pessoas se esquecem de manter o calendário de vacinação atualizado, com as doses referentes a outras doenças. A influenza é uma delas, sendo necessário um reforço todos os anos.
As grávidas estão no grupo prioritário para a imunização contra a gripe. A ginecologista e obstetra Evelyn Prete explica a importância dessa vacina para as futuras mamães.
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Para começar, tomando todos os cuidados, as pessoas precisam perder o medo de sair de casa. “Esse é um problema que está acontecendo em todos os aspectos dentro da área da saúde. As pessoas não querem mais fazer exames preventivos, ficam postergando a ida ao pronto socorro e aos postos de emergência. Às vezes, ignoram sintomas potencialmente graves de outras doenças, como, por exemplo, uma apendicite ou uma dor no peito, entre outros, por medo de se contaminarem com o coronavírus”, diz Evelyn.
A médica ressalta que, claro, devemos evitar ao máximo sair de casa, mas não ao ponto de ficarmos doentes por isso. “É importante que as pessoas tenham a consciência de que a ida ao pronto socorro e a serviços de saúde tem que ser evitada o máximo possível, mas não a ponto de prejudicar a sua saúde. Os exames preventivos devem continuar acontecendo, assim como a vacinação em grávidas durante a gestação ou mesmo nas crianças.”
Segundo Evelyn, a grávida está no grupo de risco de evolução perigosa da gripe por estar dividindo o corpo com outro ser humano, no caso, o bebê. “O sistema imune delas é mais reativo, mas mesmo assim elas precisam tomar cuidado pois podem desenvolver pneumonia ou outros problemas relacionados à doença.”
Na hora de ir ao posto de saúde para tomar a vacina de gripe, a gestante deve ir com apenas um acompanhante, e sempre seguir os protocolos de segurança contra o novo coronavírus, com o uso de máscaras, álcool em gel e distanciamento social.
“A grávida deve diminuir, ao máximo, o tempo que vai permanecer na unidade de saúde. Para isso, ela pode ligar na unidade, avisar o horário que irá até lá para se vacinar e procurar horários que são menos cheios – se é melhor ir no fim da tarde ou no começo do dia -, a fim de ter o menor contato possível com outras pessoas”, continua Evelyn.
Não existe hora ideal para que a grávida tome a vacina contra influenza. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse imunizante vem sendo observado há 60 anos, e mulheres em qualquer período da gestação podem ser imunizadas.
“Ela é produzida a partir de partículas inativadas do vírus e é muito segura para a gestação, não havendo nenhum efeito colateral grave para a mãe nem para o bebê. Ela deve ser tomada todos os anos, não só pelas gestantes, mas por todos os indivíduos. Vale ressaltar que, em crianças, a imunização deve ser feita apenas após os seis meses de idade”, completa.