Além de favorecer o risco de insolação, melasma, manchas e assaduras, o verão pode propiciar outras condições dermatológicas desagradáveis, como a micose, por exemplo. Contudo, essa última requer atenção além do uso de protetor solar.
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Entre os tipos de micose, a superficial, também conhecida como micose de praia ou “pano branco” em algumas regiões do Brasil, é a mais comum, informa a dermatologista Larissa Oliveira, da clínica Les Peaux. Ela caracteriza a condição como lesões que aparecem sob a forma de múltiplas manchas descamativas, hipo ou hiperpigmentadas, que variam do branco ao castanho, podendo ser avermelhadas. Normalmente, são assintomáticas, entretanto, leve coceira também pode ocorrer.
“Cientificamente chamada de Pitiriase Versicolor, a doença é caracterizada por uma infecção superficial da pele, provocada pela levedura lipodependente Malassezia furfur. É extremamente comum na pele de todos os seres humanos, de forma especial nas áreas mais gordurosas do corpo, como tronco, braços, face, pescoço e couro cabeludo”, detalha a especialista.
Fatores como calor, umidade, pele oleosa, sudorese abundante e baixa resistência imunológica podem favorecer a condição. Por isso, é mais comum a incidência alguns dias após a visita à praia. Além disso, Larissa alerta: “O contato com cadeiras de praia, espreguiçadeiras e outros objetos compartilhados de aluguel pode colocar em risco a saúde da pele”.
Como prevenir e tratar a micose
Para evitar a ocorrência de micose, a dermatologista desencoraja o compartilhamento de acessórios de praia e banho. Outra opção é “usar toalhas para separar a pele da superfície contaminada”.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) indica, ainda, para a prevenção, “a utilização de roupas leves, arejadas e, preferencialmente, de tecidos não sintéticos”.
Em caso de suspeita de micose, a orientação é procurar um médico dermatologista. Somente o profissional poderá avaliar as lesões e prescrever o melhor tratamento, conforme as especificidades do paciente.
Larissa adianta que, por se tratar de uma infecção fúngica superficial, a condição costuma responder bem ao uso de tratamento tópico, como shampoos, sabonetes e loções que agem contra os fungos na pele do corpo e no couro cabeludo. Contudo, para pacientes que têm dificuldade em manter a adesão a essa forma de tratamento, é possível recorrer a medicamentos por via oral (sob prescrição médica).