Estética íntima é tendência entre as mulheres; conheça os principais procedimentos

A estética íntima está ganhando cada vez mais espaço no mercado da beleza. Além das cirurgias reparadoras, procedimentos estéticos para a vulva são comumente procurados por mulheres que desejam melhorar a saúde e aumentar a autoestima, principalmente no quesito sexual.

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Segundo Mariana Ventura, fisioterapeuta da Indústria Brasileira de Equipamentos Médicos (IBRAMED), os tratamentos mais procurados para a área visam a remoção de pelos, redução da gordura localizada, clareamento e melhora da flacidez da pele. 

A profissional destaca que a flacidez na região íntima é uma queixa comum, “pois as mudanças no assoalho pélvico e o envelhecimento levam a alterações no tônus muscular e na pele, assim esses tratamentos são procurados para o aumento da autoestima e do autocuidado”.

Entre os diferentes tipos de procedimentos, os destaques são a radiofrequência e a tecarterapia para o tratamento da flacidez e o rejuvenescimento íntimo. Ambas as técnicas são realizadas com equipamentos que oferecem, através de ondas eletromagnéticas, a manutenção da temperatura do tecido entre 40°C e 42°C. “Esse recurso sintetiza e realinha as fibras de colágeno e elastina, melhorando especificamente o tônus da pele dos grandes lábios [vaginais] e da região pubiana”, explica Mariana.

A tecarterapia ainda se destaca no tratamento de outra queixa comum: o aumento da protuberância da região do monte de vênus. A alta temperatura do aparelho no tecido biológico aumenta o metabolismo local e estimula a lipólise, amenizando a gordura localizada.

Além da flacidez, outro incômodo comum — inclusive entre mulheres mais jovens — é a presença do pelo pubiano. Para isso, uma das soluções disponíveis no mercado é a fotodepilação, procedimento que remove o pelo sem danificar a pele, através de um princípio de fototermólise seletiva — que utiliza determinada onda, com certa duração de pulso e fluência que provoca dano térmico somente na melanina da haste do pelo.

Cuidados 

Mariana Ventura ressalta as contraindicações dos recursos citados: pessoas com dispositivo eletrônico implantado, como o marca-passo cardíaco e implante metálico grande na área tratada, bem como gestantes, pacientes com epilepsia, próximo a lesões cancerígenas ou áreas neoplásicas.  

Para realizar qualquer tratamento estético a dica da especialista é buscar um profissional capacitado, que avaliará individualmente o melhor protocolo a ser utilizado.

A ginecologista Taís Calomeny alerta sobre os cuidados pós-procedimentos, que além da auxiliar no resultado estético, podem ajudar a diminuir coceiras, ardência, irritação e desequilíbrio do pH da pele.

A higienização correta é um dos principais ponto de atenção. A médica recomenda o uso apenas água e sabão neutro, evitando sabonetes perfumados e produtos que alteram o pH vaginal. Além disso, vale apostar no uso de roupas confortáveis e de algodão, bem como dormir sem calcinha para deixar a região íntima arejada e evitar possíveis irritações.

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