O que causa o aborto espontâneo? Ele é muito comum no início da gravidez?

Um aborto espontâneo é uma experiência traumática na vida de muitas mulheres que desejam a gravidez, e é mais comum do que se possa imaginar. Segundo a revista médica “The Lancet”, 15% das gestações de todo o mundo terminam em aborto espontâneo — o que significa que cerca de 23 milhões de mulheres vivenciam esse processo todos os anos. Saiba mais com informações do “The Sun”. 

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Causas do aborto espontâneo

O termo “aborto espontâneo” se refere à interrupção involuntária da gestação, geralmente em seus primeiros três meses. E ao contrário do que muitos acreditam, ele geralmente não ocorre como consequência de algo que a mãe tenha feito.

No primeiro trimestre da gravidez, o aborto espontâneo normalmente acontece por problemas com o feto. Segundo o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS), uma causa comum é a formação anormal de cromossomos: o desenvolvimento insuficiente ou excessivo deles pode impedir que o bebê cresça e se desenvolva adequadamente. 

Em cerca de 2% a 5% dos abortos espontâneos, a culpa é da genética, quando um dos pais possui uma alteração cromossômica da qual não está ciente. Além disso, pode haver problemas com o desenvolvimento da placenta, deixando o bebê sem sangue e nutrientes.

Já no segundo trimestre, a interrupção involuntária da gravidez pode ocorrer devido a condições como colo do útero fraco, infecção ou Infecção Sexualmente Transmissível (IST), formato do útero, síndrome do ovário policístico (SOP) e até mesmo uma intoxicação alimentar. Após esse período, o aborto espontâneo é chamado de abordo tardio

O aborto tardio e recorrente pode ser causado por uma série de fatores, como distúrbios na coagulação sanguínea, problemas de tireoide, fraqueza cervical e células do sistema imunológico afetando a fertilidade. No entanto, muitas das mulheres que o sofrem têm chances de vivenciar uma gravidez saudável no futuro. 

Sintomas do aborto espontâneo

O sinal mais claro de que se está tendo um aborto é o sangramento, que pode ser fraco ou coágulos intensos de sangue. No entanto, nem todo sangramento significa aborto, por isso, é importante consultar um obstetra o mais rápido possível. 

Dentre outros sintomas do aborto espontâneo estão cólicas e dores abdominais, eliminação de fluidos ou tecidos pela vagina e a interrupção de sintomas da gravidez, como dores nos seios e enjoo. 

Estatísticas

Segundo a NHS, a interrupção involuntária da gravidez acontece com 1 a cada 8 gestações, e muitas delas ocorrem antes de a mulher sequer saber que está grávida.

Os abortos espontâneos recorrentes são menos comuns, afetando 1 a cada 100 mulheres. A idade também é um fator que influencia a ocorrência das interrupções: em mulheres com menos de 30 anos, elas acontecem em 1 a cada 10 mulheres, número que sobe para 10 após os 45 anos. 

É possível prevenir o aborto espontâneo?

A maioria deles não pode ser prevenida. No entanto, para diminuir os riscos, evite fumar e fazer o uso de drogas e álcool durante a gestação. Além disso, manter o peso ideal e se alimentar de forma saudável pode ajudar a diminuir o risco de infecções durante a gravidez.

Para uma gestação saudável e tranquila, o primeiro passo é consultar um obstetra quanto antes. Não abra mão do pré-natal e converse com seu médico sobre quaisquer dúvidas ou sintomas.

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