Manter uma boa alimentação é um dos principais pilares da saúde, bem-estar e qualidade de vida. No entanto, quando a alimentação saudável se torna uma obsessão, chamada de ortorexia, pode ser prejudicial e trazer consequências à saúde mental.
Mania de contar as calorias, ler rótulos nutricionais, pesquisar com frequência por alimentos saudáveis, ansiedade por não conhecer o cardápio de lugares novos, medo de comer o que “não deve” e sentimento de culpa e frustração quando isso acontece, são sinais de ortorexia.
Ao contrário do que parece para algumas pessoas, esses hábitos são prejudiciais e a diferença em relação a outros transtornos alimentares, como a anorexia, é que o foco está mais na qualidade da comida do que na quantidade. Manter uma alimentação saudável só é benéfica quando as escolhas alimentares não causam medo, privação e estresse.
“Quando você está estressado, seu corpo tende a retardar a digestão. Pensamentos do tipo: ‘eu realmente não deveria comer isso’ ou ‘esta comida é ruim para mim’, fazem parte do estresse autoimposto, que tem o potencial de afetar negativamente a capacidade de digestão adequada do corpo. Você pode então atribuir a prisão de ventre ou inchaço como mais uma prova de que não deveria ter comido certa coisa, quando na verdade foi sua mentalidade que sabotou seu corpo. Se tivesse comido com um senso de neutralidade e nenhum código moral, a resposta ao estresse interno do corpo não teria entrado em ação”, explica Stefanie Jung, coach nutricional.
Cuidar da alimentação é imprescindível, porém quando essa prática passa a comprometer a saúde mental e o bem-estar, é preciso se atentar. Ao reconhecer os sinais de obsessão, é necessário procurar por ajuda de especialistas da saúde mental e do corpo, para que ambos possam auxiliar na melhor forma de tratar o transtorno aliando a boa alimentação com a qualidade de vida.