Se você já foi surpreendida por escapes de urina, saiba que, segundo o Brasil LUTS — primeiro grande estudo de base populacional realizado para avaliar sintomas do trato urinário inferior (LUTS) no país —, 45,5% das mulheres sofrem de incontinência urinária. Apesar do índice, a condição não deve ser normalizada e requer atenção.
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Procurar ajuda médica é imprescindível para o devido diagnóstico de causa da condição. Afinal, existem diversos fatores que podem contribuir para a incontinência urinária; confira a seguir os três principais, segundo informações da “Glamour”:
Assoalho pélvico fraco
Quando a rede de músculos conhecida como assoalho pélvico enfraquece — fator comum do envelhecimento, especialmente durante a menopausa — os músculos da bexiga e da uretra “perdem a pressão”. Com isso, escapes de urina podem acontecer em qualquer ação que exija intensas contrações musculares — a chamada incontinência urinária de esforço (IUE) —, como em um espirro, tosse, gargalhadas, corridas rápidas ou exercícios de levantamento de peso, por exemplo.
Gravidez
A gravidez também costuma ser um fator comum para o escape de urina, visto que além da pressão adicional do feto sobre os músculos do assoalho pélvico, a mudança hormonal do período altera o revestimento da uretra e da bexiga.
No entanto, mulheres que deram à luz também estão propensas a condição. O parto vaginal, por exemplo, “pode enfraquecer os músculos, nervos e tecidos de suporte envolvidos no controle da bexiga, bem como causar prolapso em órgãos como a bexiga e a uretra, que se movem da posição original”, diz o site. Já na cesária, o risco é cerca de 50% menor, embora essa via de parto possa resultar em tecido cicatricial, que pode interferir na função muscular da bexiga. Contudo, em ambos os casos, os sintomas tendem a melhorar cerca de seis meses após o nascimento do bebê.
Problemas de saúde
A infecção do trato urinário (ITU) trata-se de uma incontinência de urgência e, além de ser caracterizada pela vontade constante de urinar, pode resultar em escapes. Essa é uma condição adversa de saúde que requer muita atenção e o devido tratamento médico.
Outros fatores clínicos que podem desencadear o sintoma são: bexiga hiperativa, diabetes, obesidade, doenças renais, doença de Parkinson, condições neurológicas, aumento da próstata e até mesmo certos medicamentos, como antidepressivos, relaxantes musculares, analgésicos, diuréticos e anti-histamínicos de venda livre.
Tratamento
Consultar um urologista é o primeiro passo para iniciar o tratamento adequado. Contudo, pode ser necessário o acompanhamento multidisciplinar, para práticas que ajudam a fortalecer os músculos do assoalho pélvico, como a fisioterapia pélvica.