Pode confessar: você já imaginou como seria convidar outra pessoa para a cama – ou outras (no plural mesmo!). Trazer mais um (a) integrante para o sexo pode ser uma aventura para lá de quente, mas que nem sempre sai da fantasia do ménage ou suruba.
Ouvimos a história da modelo M.W., de 26 anos, que colocou a ideia em prática e descobriu como a experiência transformou sua forma de ver o sexo grupal a partir daquela noite. Leia a seguir.
“Sou de São Paulo, mas moro na Califórnia há dois anos e trabalho como modelo aqui. Por causa do meu trabalho, conheço muita gente com muito dinheiro, que gosta de festas privadas, onde o uso de celular é proibido.
Depois de uma sessão de fotos para um catálogo de moda praia, uma moça – que se dizia trabalhar com casting – pediu meu telefone. Dois dias depois, meu telefone tocou: ela me oferecia US$ 1.000 para ir a uma festa. Ela deixou claro que eu não precisava ‘entrar no jogo’ se me sentisse desconfortável, era só para marcar presença.
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Na hora combinada, eu estava na porta do local. Quando entrei, me senti em um filme à la De Olhos Bem Fechados: uma mansão ampla e branca era palco de corpos que se entrelaçavam nus. O anfitrião veio me recepcionar com uma taça de champanhe. Fui apresentada a alguns casais na beira da piscina e conversei com poucos rapazes. Mas ninguém me chamava a atenção a ponto de eu querer ‘interagir’. Até que uma moça veio puxar papo comigo. Ela e o marido estavam de olho em mim e ficaram curiosos para saber um pouco da minha história, já que eu tinha chegado sozinha à festa.
Eu não tinha nenhuma intenção prévia de fazer nada, mas com o papo com aquele casal eu realmente fiquei interessada, e as carícias começaram. Não demorou para termos mais companhia, e me deixei levar por aquela onda de tesão. Subimos até os quartos e, naquela hora, já éramos cinco pessoas. Eu, aquela mulher, o marido e mais dois outros homens. Tive minha primeira experiência de penetração dupla naquela noite. O tesão tão intenso faz com que a gente perca as amarras morais. É só entrega!
Nunca mais participei de uma festa parecida, mas vi relacionamentos muito maduros ali. Quem está disposta a participar de aventuras assim precisa estar muito bem estruturada emocionalmente, sem deixar que o ciúme domine a relação. É bonita essa cumplicidade, mas deve dar trabalho!”
Apimentando com cautela
Rose Villela, psicóloga com especialização em sexualidade humana, dá algumas dicas para adicionar outra pessoa ao seu relacionamento:
“Fazer sexo com mais de uma pessoa é algo que paira a fantasia de muita gente. Mas, entre fantasiar e colocar em prática, temos uma distância bem grande a percorrer – e isso tem a ver com criação, crenças, convicções e contratos que os casais estabelecem entre si.
Mais importante: os dois têm que estar a fim de vivenciar a experiência, que pode ser muito boa e, em muitos casos, salvar relações desgastadas e, em casos não bem pensados, pode destruir o relacionamento.
Para quem já decidiu que vai fazer, é muito importante conversar com o parceiro para pontuar os limites que cada um vai dar conta, o que pode e o que não pode, como por exemplo, beijar na boca, encontrar mais de uma vez a mesma pessoa, o que pode ser dito, pessoas do círculo pessoal, pessoas estranhas, essa pessoa vem até o casal, o casal vai até a pessoa, o encontro será numa casa específica para isso…
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Vá com calma: experimentem ir primeiro a uma casa de swing apenas para ver, conhecer e perceber como se sentem nesse ambiente. Depois,transe apenas com o parceiro em um lugar privado e, em seguida, no “aquário”, onde outras pessoas possam assisti-los (pratique o momento de exibicionismo). Se perceber que esse é o limite, parem por aí. Senão, partam para a aventura.