Assim como Claudia Rodrigues, em 2006, Guta Stresser foi diagnosticada recentemente com esclerose múltipla. Segundo o Ministério da Saúde, 2,8 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem dessa condição, sendo cerca de 40 mil casos no Brasil. A ocorrência, entretanto, é duas a três vezes maior em mulheres do que em homens.
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À IstoÉ, Aline MB Matos, neurologista do Hospital Santa Paula, em São Paulo, explica que a esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica, autoimune, vitalícia e não contagiosa do sistema nervoso central.
“O próprio sistema imunológico ataca o revestimento que protege os nervos (bainha de mielina), influenciando no desenvolvimento de diversos problemas neurológicos”, detalha a especialista.
Sintomas e diagnóstico
Os sintomas são relativamente comuns e variam amplamente de pessoa para pessoa, segundo Aline. Contudo, os principais sinais incluem: fadiga, visão turva, dificuldade em caminhar, dormência ou formigamento em diferentes partes do corpo, rigidez muscular e espasmos e problemas com equilíbrio e coordenação.
Apesar de os sintomas, chegar ao diagnóstico não costuma ser fácil. Afinal, essas características não “significam obrigatoriamente uma expressão da esclerose múltipla”. Portanto, é imprescindível realizar o rastreamento especializado com um neurologista.
“Esses sintomas podem aparecer e desaparecer em determinadas fases da vida, ou ainda piorar progressivamente com o tempo. Portanto, se a gravidade for leve, dificilmente se percebem prejuízos na vida cotidiana, por outro lado, em casos mais graves a saúde física e saúde mental ficam significativamente afetadas”, informa a médica.
Tratamento
Esclerose múltipla não tem cura e não pode ser prevenida. Entretanto, o tratamento deve ser iniciado assim que diagnosticada. Para isso, é indicado uma equipe multidisciplinar.
“Com os tratamentos corretos e voltados para as necessidades do paciente é possível atenuar os sintomas. Em alguns casos, de sintomas leves, é possível até atenuar de forma que a paciente tenha uma vida tranquila e sem complicações”, finaliza a especialista.