A gravidez é marcada por uma série de transformações além do crescimento da barriga, devido às alterações hormonais típicas. Esse fato, entretanto, não se restringe ao período de gestação, visto que o pós-parto também pode resultar em determinadas mudanças, como a queda de cabelo, por exemplo — uma das principais queixas do puerpério.
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“A redução brusca hormonal após o parto sincroniza os fios em fase de queda, assim, geralmente após dois a três meses do parto, a mulher começa a perceber uma queda exagerada de cabelos ao se pentear, tomar banho e no próprio travesseiro ao acordar”, detalha Cindy Matsumoto, dermatologista do núcleo de tricologia da Human Clinic, em São Paulo.
Durante a gestação os fios têm crescimento prolongado e melhor estética. No entanto, o puerpério tende a favorecer o eflúvio telógeno (queda), o que pode perdurar até seis meses. Segundo Cindy, esse fator difere de calvície ou alopecias. “O cabelo cai, mas nasce novamente”, garante a profissional, que orienta consultar um tricologista em caso de sintomas associados, como falhas no couro cabeludo ou dor e coceira na região.
Por se tratar de uma condição natural e transitória, a dermatologista informa que a solução tende a ser espontânea. “Não há tratamentos para parar a queda, visto que é autolimitado. No entanto, podemos estimular o crescimento de novos fios e recuperar o volume capilar com medicamentos ou procedimentos, como intradermoterapia, LED ou laser. É muito individualizado, pois há tratamentos não indicados para gestantes ou mulheres amamentando. Entretanto, há casos em que a queda é persistente e é necessária investigação de outras causas”, finaliza a médica.