Neofobia alimentar: entenda a condição que promove seletividade e prejudica o desenvolvimento infantil

A boa alimentação é o principal pilar para a saúde. Por isso, incentivá-la desde a infância é essencial, visto que a formação de hábitos saudáveis começa nos primeiros anos de vida e se reflete até a fase adulta. No entanto, essa pode ser uma tarefa desafiadora, mas se atentar aos sinais das crianças tende a melhorar a experiência.

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A aversão a determinados alimentos, mesmo sem consumi-los, é um problema presente em alguns adultos, que pode ter correlação com a infância, fase comum para esse tipo de comportamento. Trata-se da neofobia alimentar, condição caracterizada pelo medo irracional ou aversão a coisas e experiências novas, nesse caso, na alimentação.

“Esse é um comportamento prevalente na infância por ser um período de descobertas táteis, gustativas e olfativas em que há a formação dos hábitos alimentares, que ocorre na faixa etária de dois a cinco anos. Sua presença a longo prazo pode resultar em restrição à ingestão de nutrientes necessários para a manutenção da homeostase corporal [funcionalidades do organismo]”, explica a médica Sylvia Ramuth, diretora de suporte médico do Emagrecentro.

A profissional destaca que “nessa direção, a identificação precoce da neofobia alimentar favorece a intervenção adequada, evitando mais danos à saúde da criança, uma vez que esse comportamento a longo prazo pode afetar o desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial“.

A importância da introdução alimentar

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A superação da neofobia alimentar pode ser alcançada a partir da terapia de exposição, garante Sylvia. “Funciona introduzindo gradualmente novas experiências em um ambiente seguro e controlado, focando em uma alimentação saudável, alegre, criativa, divertida, afetiva e prazerosa”, detalha.

A introdução alimentar, que costuma ser indicada a partir dos seis meses, conforme os sinais de prontidão do bebê, favorece o interesse por alimentos saudáveis ao longo da vida. Para esse processo, a nutricionista infantil Beatriz Saramago, da Jornada Mima, primeira healthtech nacional especializada em alimentação para a primeira infância, pontua que “a família precisa ser saudável e consumir no dia a dia, junto com a criança, frutas, legumes, verduras e comidas saudáveis e coloridas”.

É imprescindível se atentar ao que oferecer na introdução alimentar. Portanto, vale consultar profissionais habilitados no assunto, a fim de definir o melhor plano, conforme as especificidades de cada criança e família.

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